ABUSO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
NA COMUNIDADE CRISTÃ
”Igualmente vós, maridos, vivei com elas com
entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas
herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas
orações.”
1 Pe 3, 7.
Parece até
ironia expormos um tema deste para tratar da comunidade cristã, também
conhecida como evangélica, não é? O lugar onde se prega o amor, o perdão e a
vitória em Cristo, ter casos reais de violência, dor e descaso? Mas
pasmem, isto é muito, mas muito mais comum do que se pensa, dentro das igrejas. Tabu amordaçado, seja
pelas vítimas de abuso ou das autoridades espirituais, que ficam perdidas entre
a realidade, é a fé nos mandamentos, mulheres vem sendo vítimas de homens carrascos
que, muitas vezes se apropriam de versículos bíblicos para distorcerem a seu bel prazer suas covardes justificativas e injustiçarem família e filhos.
A Bíblia diz
em provérbios 11,29 que “A pessoa que causa problemas para sua família herdará
apenas o vento, e o falto de juízo acabará sendo servo do sábio.” Trocando em
miúdos, quem planta, colhe o que planta. O homem mau e violento, independente de
ser evangélico, ao plantar violência contra sua casa, esta indo contra o próprio Deus, atentando contra o corpo da esposa, templo do Espírito Santo de Deus, quebra a aliança feita no altar, e vai contra a
igreja de Cristo. Já que, o primeiro ministério do homem, é sua casa, que típifica a igreja de Cristo.
A Palavra
de Deus em Efésios 5, 25 “Instrui os maridos a amarem suas esposas, assim como
Cristo amou a igreja e se sacrificou por ela,”do mesmo modo no versículo acima
o autor instrui as mulheres a serem
sujeitas a seus maridos e respeitá-los. Porém o que podemos ver com as
pesquisas e análises de números de vítimas sobre o tema, é a igreja parece estar com muitos maridos
anti-cristãos, semeados no meio do povo, como o joio e o trigo. Ora já mencionado
por Cristo, que ao invés de obedecerem à Deus, vão no sentido contrário e lutam literalmente na destruição da sua
casa.
Todos nós
sabemos, como foi muito bendito no louvor da Ana Paula Valadão, que ainda existe
uma cruz e o caminho do Evangelho, é de renúncia diária e não só de vitórias, como
insistem em pregar muitas igrejas triunfalistas. O casamento é explicitamente um
caso de reciprocidade e concordância, enquanto o casal estiver ligado em vida pelo matrimônio.
Porém homens violentos, não se deixam admoestar, são iracundos, tolos e insensatos, instituem-se para si um número sem fim de desculpas esfarrapadas, na grande maioria das vezes, acusam as mulheres de suas próprias covardias e mente delinqüente.
Porém homens violentos, não se deixam admoestar, são iracundos, tolos e insensatos, instituem-se para si um número sem fim de desculpas esfarrapadas, na grande maioria das vezes, acusam as mulheres de suas próprias covardias e mente delinqüente.
Muito se justifica tal comportamento e distúrbio de caráter por
uma infância deturpada com maus tratos, abandono e abusos. Nesta postagem tratamos somente sobre o caso da mulher, pois sabemos que há também violência contra os homens, em proporção mínima comparada a violência contra a mulher, mas existe.
Então o que
caracterizamos por violência doméstica? "É a infração do dano
físico por um membro da família ou domicílio em outro; e também um padrão
repetido ou habitual de tal comportamento." Grupos de autoridades cristãs, geralmente condenam a violência doméstica como incompatível com o dever cristão
geral de amar os outros e para a relação bíblica entre marido e mulher. Porém isto é muito mal trabalhado na maioria
das igrejas, normalmente sem muitas palavras, às vezes somente com olhares e indiretas ou até por meio de versículos, a mulher é tomada como responsável pelo distúrbio
de caráter do marido e pela falta de temor a Deus do outro.
De acordo com a Conferência
Episcopal dos Estados Unidos, "Os homens que abusam costumam usar Efésios
5:22, tiradas do contexto, para justificar o comportamento maligno do agressor, porém a passagem
(v. 21-33) refere-se à submissão mútua entre marido e mulher.
Usando versículos como Provérbios 14,1 que diz “A mulher sábia edifica a sua casa” a igreja despeja a culpa do fracasso da união na mulher. Ou o versículo “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo”. (1 Coríntios 11.3) que refere-se ao homem temente a Deus e não ao louco.
Usando versículos como Provérbios 14,1 que diz “A mulher sábia edifica a sua casa” a igreja despeja a culpa do fracasso da união na mulher. Ou o versículo “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo”. (1 Coríntios 11.3) que refere-se ao homem temente a Deus e não ao louco.
Maridos,
que não tem seu caráter fundamentado em Cristo, usam e abusam da autoridade e de autoritarismo, com
mulheres e filhos, sendo tiranos e carrascos, fazendo escândalos, gritarias, violentando mulheres, sem a desculpa do uso de álcool ou droga, e quando chegam a igreja, na maior cara de pau, em frente dos líderes
religiosos, parecem uma ovelha mansa, dispondo-se até a passar por aconselhamentos,
que nunca cumprirão em fazer as atitudes orientadas.
Habituados a tratarem mulheres desta forma , estes homens raramente mudam, na maioria das
vezes, por que não estão dispostos a mudar! Despejam um jugo faraônico no casamento, e a mulher passa a ser obrigada a fazer o papel do marido, da
mulher, criar os filhos e ainda ser violentada.
Mas com tudo isto, com a lei Maria da Penha e algumas tábuas de salvação oferecidas pela lei, por que muitas mulheres ainda se submetem a tal condenação em vida? Aí entra a parte espiritual, a Bíblia em diversos versículos condena o divórcio, deixando a opção somente para casos de infidelidade conjugal.
Desta forma a liderança por vezes se perde para orientar seus fiéis e não saberem o que falar a mulher, esta é a verdade! A grande parte das igrejas não tem recursos para auxiliar as mulheres violentadas, que denunciando o agressor correm o risco de perseguições ainda maiores podendo chegar à morte.
Mas com tudo isto, com a lei Maria da Penha e algumas tábuas de salvação oferecidas pela lei, por que muitas mulheres ainda se submetem a tal condenação em vida? Aí entra a parte espiritual, a Bíblia em diversos versículos condena o divórcio, deixando a opção somente para casos de infidelidade conjugal.
Desta forma a liderança por vezes se perde para orientar seus fiéis e não saberem o que falar a mulher, esta é a verdade! A grande parte das igrejas não tem recursos para auxiliar as mulheres violentadas, que denunciando o agressor correm o risco de perseguições ainda maiores podendo chegar à morte.
Por que a violência doméstica é uma ameaça tão grande para o Corpo de
Cristo? Porque é um inimigo que temos dado poder incalculável para, mante-lo escondido. Não falamos sobre isso
com nossos adolescentes e jovens que estão em busca no Senhor, sobre um futuro
casamento. Não falamos sobre
isso no aconselhamento pré-marital. E
nós certamente não falamos nas manhãs de domingo, nas escolas bíblicas
dominicais ou mesmo nos cultos.
O pastor americano Mark Driscoll, líder da igreja Mars Hill,defende com unhas e dentes a causa de abuso, contra as mulheres dentro das igrejas e instrui ao divórcio e a busca dos direitos, para que homens dito "cristãos" sejam punidos. As campanhas nacionais para acabar com a violência doméstica adotaram a frase "quebrar o silêncio." No
entanto, o lugar onde o silêncio muitas vezes fica mais fortemente instaurado
são dentro das igrejas.
Talvez nós evitemos
o tema violência doméstica, porque, se isso está acontecendo dentro de um casamento consideramos território fora dos nossos limites, usando da premissa consciência do ditado, "em briga de marido e mulher
ninguém mete a colher." Este posicionamento da igreja é falho e equivocado. É inadmissível, que estas questões sejam negligenciadas assim. Jesus nos salvou, nos chamou para viver a Graça e a Paz, e existem sim
homens maus e violentos dentro das igrejas, joios entrelaçados e que não buscam arrependimento por tais pecados, servos do inimigo disfarçados de anjos de luz, homens como os quais Davi descreve no salmo 140.
A violência doméstica é principal causa de
prejuízo físico e emocional na vida destas mulheres, mais do que acidentes de carro, assaltos e
estupros combinados. Nos Estados Unidos,
onde pesquisas cristãs são acompanhadas mais rigorosamente, mostram que setenta
e cinco por cento de todas as chamadas
policiais estão relacionadas com a violência doméstica. Uma em cada quatro mulheres vão
experimentar pessoalmente a violência doméstica em sua vida.É um mal que permeia
todas as idades, etnias e denominações religiosas.
Deus nunca foi omisso quanto a questão da violência, gerações de
mulheres magoadas e ressentidas com Deus por verem suas famílias destruídas por
mais que eles se esforçassem em “agradar” o agressor abandonam a fé e as
igrejas, talvez porque a Igreja, seja através de seu silêncio ou a sua má
interpretação da Escritura, passa a mensagem de que Deus não se importa com a
crueldade e abusos que sofrem.
A maioria das vítimas de violência doméstica não
consideram a igreja um lugar relevante para ir procurar ajuda, porque quando tentaram pedir ajuda no passado, a resposta recebida foi fraca ou passiva na
melhor das hipóteses. No Brasil os órgãos de lei estão amplamente abertos para
tratar deste crime.
A Lei Maria da Penha Lei nº 11.340/06 é um dispositivo legal brasileiro que visa aumentar o rigor das punições sobre crimes domésticos, constatada a violência feita pela denúncia da vítima, a lei contém elencadas em seus artigos 22, 23 e 24, medidas protetivas de urgência, que pasmem demoram no mínimo 48 horas para serem executadas. Dentro deste período, ou a mulher abandona o seu lar indo viver de favores em abrigos de familiares e conhecidos ou corre o risco de suceder crime pior, dependendo da fúria e vingança do opressor. Infelizmente a lenta execução da lei no país propicia a persistência da criminalidade que resulta maior impunidade.
A Lei Maria da Penha Lei nº 11.340/06 é um dispositivo legal brasileiro que visa aumentar o rigor das punições sobre crimes domésticos, constatada a violência feita pela denúncia da vítima, a lei contém elencadas em seus artigos 22, 23 e 24, medidas protetivas de urgência, que pasmem demoram no mínimo 48 horas para serem executadas. Dentro deste período, ou a mulher abandona o seu lar indo viver de favores em abrigos de familiares e conhecidos ou corre o risco de suceder crime pior, dependendo da fúria e vingança do opressor. Infelizmente a lenta execução da lei no país propicia a persistência da criminalidade que resulta maior impunidade.
Existem muitas ONGs que se dispõe a cuidar do assunto, porém no quadro brasileiro evangélico, somente encontramos um amplo programa
de apoio a este drama, na igreja Universal do Reino de
Deus, (sem apologias a placa, como autora deste texto, manifesto não fazer parte da denominação, já para críticos, julgadores de plantão. Quem me acompanha sabe que não faço jabá de igreja, nem a que eu congrego).
O Projeto Raabe criado pela escritora e apresentadora
Cristiane Cardoso, traz orientação em várias vertentes. As vítimas são aconselhadas
a denunciar o agressor, passam por atendimentos psicológicos, espirituais e são orientadas emocionalmente, com acompanhamentos médicos, jurídicos e psicológicos, amparando assim o trauma sofrido por estas mulheres. Grupos de apoio como este, oferecem a chance de
romper o silêncio e lutar contra o medo, as frustrações, as dores, criando esperança para a reconstrução de uma nova vida.
No Raabe, a proposta é que, a mulher reencontre seu respeito próprio, roubado pelo agressor. Perceba novamente sua feminilidade, o cuidado com si mesmo, resgatando sua autoestima. Todos os meses, reuniões do projeto são realizadas nos templos da igreja também outros lugares, em diversos países, acolhendo novas "Raabes" que recebem inclusive, o apoio de outras sobreviventes, como são chamadas as mulheres que fazem parte do grupo. O projeto é aberto a qualquer mulher que sofra violência ou intimidação doméstica ou familiar. Mais informações se você sofre com esta situação ou conhece alguém que sofre e queira entrar em contato com o projeto, www.godllywood.com/projetoraabe
No Raabe, a proposta é que, a mulher reencontre seu respeito próprio, roubado pelo agressor. Perceba novamente sua feminilidade, o cuidado com si mesmo, resgatando sua autoestima. Todos os meses, reuniões do projeto são realizadas nos templos da igreja também outros lugares, em diversos países, acolhendo novas "Raabes" que recebem inclusive, o apoio de outras sobreviventes, como são chamadas as mulheres que fazem parte do grupo. O projeto é aberto a qualquer mulher que sofra violência ou intimidação doméstica ou familiar. Mais informações se você sofre com esta situação ou conhece alguém que sofre e queira entrar em contato com o projeto, www.godllywood.com/projetoraabe
Casamento não é um mar de rosas, como pregam muitos por aí, é uma construção diária feitas por pessoas maduras e que se empenham diariamente sem desistir, em conquistá-las. Homens maus, opressores e violentos, são na sua maioria inseguros, infantis, com história de perturbação familiar e normalmente demostram já no namoro, que serão futuros abusadores ou agressores.
É preciso que a igreja cumpra seu papel em Cristo e social de amparar estas vítimas e suas famílias violentadas pela ingratidão, tirania e corrupção dos agressores. A mulher cristã ou não, precisa denunciar o agressor acreditar que, ele vai mudar, pode custar a sua vida e a de sua família, existem homens que matam seus próprios filhos em ataques de fúria, pessoas não mudam por causa de outras, mudam por que se dispõe a mudar e buscam ajuda com arrependimento e humildade.
Enquanto não há, por parte do pecador, verdadeiro arrependimento, que conduz ao abandono do pecado e do crime, nunca haverá mudança. É preciso dizer a esta mulher, que ela pode SIM se divorciar, de um marido agressor, opressor, sem ferir sua vida cristã. Deus odeia o divórcio, esta em Malaquias 2,16 como diz... "Porque o Senhor, o Deus de Israel diz que odeia o divórcio, e aquele que encobre a violência com a sua roupa, diz o Senhor dos Exércitos; portanto guardai-vos em vosso espírito, e não sejais desleais.
A base do trono de Deus é justiça e juízo, ele não tem o malfeitor por inocente. Infelizmente por falta de estudo bíblico e não conhecer as escrituras as pessoas perecem. Ainda no verso 14 diz... E dizeis: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da tua aliança. Conscientizar, orientar, cuidar, orar e apoiar as vítimas, é fundamental no processo de libertação, cura e recomeço.
Por experiência própria sei que não é fácil, é uma dilaceração na alma passar por isso. Mas resta a mulher vítima de violência doméstica, ter fé e coragem de romper definitivamente com o opressor, ainda que tenha filho, ainda que dependa financeiramente, abandonar qualquer laço com o agressor, para que possa recomeçar, aguardar a justiça, acima de tudo em Deus, pois de Deus ninguém zomba e agindo Ele ninguém pode impedir e também na justiça dos homens.
"Continuemos caminhando na fé, realizando cada um aquilo que fomos chamados a fazer, beijos de fé, fiquem na paz do Senhor Jesus, até a próxima querendo Deus."
"Continuemos caminhando na fé, realizando cada um aquilo que fomos chamados a fazer, beijos de fé, fiquem na paz do Senhor Jesus, até a próxima querendo Deus."
Tatiana Souza.
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