11 de junho de 2014

World Cup Brazil 2014 Portrait


  Qual vai ser o jeito agora, Gérson?



"Porém a mim me pôs por um provérbio dos povos, de modo que me tornei uma abominação para eles." 
Jô 17, 6



Conforme o mundial se aproxima vemos um humor patriota tímido crescente entre o povo brasileiro, recém recuperados da ressaca anarquista que tomou conta do país por um breve longo período, as fachadas das casas e prédios mostram que ainda há fé e torcida pela terra Brasília. Com motivações divergentes, a Copa do Mundo vai se instalando com uma gama de emoções inesperadas, muita luta e tormento para os organizadores, tristeza e decepção aos pobres que, aguardam sempre as providencias do governo, aos investidores que não conseguiram nem 1/3 de retorno do sonho planejado referente à expectativa de lucros com o mundial e preocupados com a decepção que pode vir a ser o evento. 


Os estrangeiros que gostariam de participar, influenciados pelos acontecimentos cancelaram suas propostas de “conhecer o país tropical abençoado por Deus” devido à repercussão negativa dos milhares de veículos de comunicação em todo o mundo. Particularmente, eu assistindo um noticiário Francês da TVMonde5 um dia desses, em que havia um protesto indígena em Brasília, fiquei horrorizada com as imagens e com a reportagem que nos fazia, o país, realmente parecer uma tribo indígena desbravada, descolonizada e irracional.  Como viemos parar neste ponto? Como viramos chacota, vergonha e provérbios mundialmente? A complexidade desta questão talvez possa ser explanada na falta de identidade do país, ou no processo colonizatório fraco e inexistente, talvez no coro pessimista que levou a nação a uma série de revoltas e protestos. Vivendo o Brasil democrático é preciso chamar a responsabilidade para si, sabendo que a colheita amarga que domina o Poder é resultado da decisão do povo, que plantou ilusões e agora não quer colher às mentiras. Sabendo o mesmo que, no passado sofrera com a ditadura, poderia alegrar-se com a democracia, que em suas mãos altera resultados. Mas... O que o povo quer? É certo que o povo não quer mais pão e circo, enfim resolvemos sair da arena e queremos mais. Bom começo! 


O problema agora é como fazer? A política hobbesiana diz que o povo como indivíduo é originador do Estado que não existiria sem a decisão individual fundamental: ele é a emanação da obra dos indivíduos. Não há aqui nenhuma escusa às obrigações do Estado para o povo, não é este o ponto. E sim, a premissa do individuo que testemunha e entrega ao Estado o amplo poder e que tem como única liberdade negada ser livre sem o Estado ou contra o Estado.* 

O tal do jeitinho carregado de brasilidade está cada vez mais difícil de sobreviver, uma vez que o país anseia viver uma nova independência. Romper com a corrupção, malandragem, violência, e toda sorte de malignidades, que sofreram uma série de atualizações e novas táticas desde a colonização do Brasil. FHC em seu livro a Soma e o Resto, disse que o Brasil precisa de uma visão de futuro para segurar o país, “Somos mais de 200 milhões de pessoas. Por mais que a classe média tenha crescido – esse conceito é relativo, pois o que houve de melhoria de renda de camadas antes empobrecidas, e não o surgimento de uma nova classe – falta ainda uma educação de qualidade, redes sociais de apoio etc. para a consolidação, do ponto de vista sociológico, de uma classe verdadeira.” * Tamanha é esta verdade que a mentalidade nacional ainda não mudou, mudaram os recursos, o poder de compra, mas as entranhas ainda refletem o pensamento subdesenvolvido e a falta de identidade nacional. 


Condenados a barbáries o povo se perde como baratas recém dedetizadas, à opiniões divergentes e a total falta de liderança do governo, cheia de descrédito por parte da população, acabando por fortalecer a negativa, que a onda de caos, privada ou não, gerou. Parafraseando Darcy Ribeiro em o Povo Brasileiro, “É simplesmente espantoso que esses núcleos tão iguais e tão diferentes se tenham mantido aglutinados numa só nação.” * Os que condenam o Estado são os mesmos que os elegeram, crendo em promessas e sentimentos, e não em realizações, feitos e caracteres partidários. 

O que esperar do futuro, brasileiro? O que você vai fazer nas eleições que se aproximam? Como lidar com a massa de 9,6 % (Censo 2010) iletrados que residem no país e que vão às urnas na próxima eleição? Equação mega difícil esta, querer mudar e depender, de uma multicultural opinião que convivem e funde-se em uma grande falta de unidade patriota. Jesus!!!


Voltemos nosso olhar ao Soberano Deus, Brasil. Só Ele nos ensina que há futuro para o povo que o conhece, “O SENHOR desfaz o conselho dos gentios, quebranta os intentos dos povos. O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração. Bem - aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo ao qual escolheu para sua herança.” Salmo 33,10-12. O primeiro passo é a união do povo com Seu Criador e Sua Palavra, a fé naquele que desfaz toda e qualquer vergonha e humilhação e nos traz a honra. Ser um povo temente e que busque a paz e a obediência. Utópico? Talvez. Impossível? Para Deus nada. O segundo passo é ser um povo trabalhador e honesto, que acorde cedo, arregace as mangas e construa. O terceiro passo é lutar por um legado, buscar conhecimento e ensinar a nova geração o valor da integridade, união e amor. O Brasil poderá viver conquistas e vitórias quando, entender que, a comum união de valores e sentimentos é, que, trazem a identidade de um solo, o crescimento e a honra de um povo. 

Que o Senhor nos guarde e nos proteja nesta Copa
e seja feita a Sua Vontade para o Brasil. 
Até a próxima* 

Caminhando na fé,
Tatiana Souzza. 






Referências:
Célia Galvão Quirino, Maria Teresa Sadek R. de Souza. O Pensamento Político Clássico, Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rosseau. pag 109. Ed. TAQ, 1980. 
Darcy Ribeiro, O Povo Brasileiro – A formação e o sentido do Brasil. Pag 273. Ed. Cia das Letras, 1995. 
Fernando Henrique Cardoso, A Soma e o Resto. Ed Civilização Brasileira, 2012.





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