“O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz. Tu multiplicaste a nação, a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa, e como exultam quando se repartem os despojos.
Porque tu quebraste o jugo da sua carga, e o bordão do seu ombro, e a vara do seu opressor, como no dia dos midianitas.
Porque todo calçado que levava o guerreiro no tumulto da batalha, e todo o manto revolvido em sangue, serão queimados, servindo de combustível ao fogo.
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.” Isaías9,2-7
Comemorado no dia 25 de dezembro, o Natal é a data mais festiva para os cristãos. Há 2012 anos atrás, nascia o Filho de Deus para consumar o plano de salvação e a redenção do homem. De acordo com relatos de estudiosos é pouco provável que Jesus tenha nascido em dezembro, pois nesta época do ano em Belém os campos ficavam improdutivos para o pastoreio, a temperatura média na área de Belém em dezembro é de 7 graus centígrados, mas pode cair até abaixo do ponto de congelamento da água, especialmente à noite. Além disso, o inverno seria um tempo difícil para Maria viajar gestante pelo caminho a Belém em um trajeto de 70 milhas.
A data de 25 de dezembro foi escolhida pela igreja católica, devido ao domínio de Roma sobre o mundo cristão por séculos. Em 21 de dezembro ocorre o solstício de inverno (o dia mais curto do ano). Naquela época Roma era pagã e servia ao Deus Sol (Sol Invictus = Sol Invencível). Durante a conversão em massa do império romano ao Cristianismo, após a conversão do Imperador Constantino, passou a marcar o nascimento de Jesus Cristo. Estudiosos afirmam que neste dia o sol voltou atrás em sua partida em direção ao o sul e provou ser "invencível". João Crisóstomo, teólogo e escritor cristão, arcebispo de Constantinopla no fim do século IV disse: "Este é o 'aniversário do invicto'. Quem de fato é tão invencível como Nosso Senhor...?"
O que temos ao certo como base é o nascimento de João Batista, o livro de Lucas 1,26-27 nos informa que Maria concebeu no sexto mês da gravidez de Isabel (esposa de Zacarias e prima de Maria). Zacarias era sacerdote da turma de Abias (Lucas 1:5-8), o rei Davi, havia separado os sacerdotes em turnos de 24 horas, ou turmas. Essas turmas começavam no primeiro mês do calendário judeu (I Crônicas 27:2), março ou abril do nosso calendário. De acordo com fontes do Talmude e de Qumram, as turmas se revezavam semanalmente, até atingir o fim de seis meses, quando o ciclo se repetia até o fim do ano. Isso que dizer que a turma de Zacarias servia no templo duas vezes ao ano. Abias era da oitava turma segundo I Crônicas 24:10, então, o serviço de Zacarias deveria ser na décima semana do ano judeu, pois todas as turmas serviam durante as festas do começo do ano judeu.
O período de gestação humana é de 280 dias, sendo o calendário judaico lunar é fácil contar 177 dias (seis meses lunares de 29,5 dias) a partir da concepção de João Batista (no mês de Sivan) para chegarmos a concepção de Jesus no final do mês de Kislev (nov./dez). Interessante notar que Jesus teria sido concebido no Inverno, na festa das luzes. O mês mais provável é o mês de Tishri e o dia poderia ser o dia 10 de Tishrei no nosso calendário a época seria no mês de setembro/outubro. Como se viu, o nascimento de nosso Senhor pode ser razoavelmente demonstrado como tendo ocorrido no outono, no primeiro dia da Festa dos Tabernáculos. Pois João 1, 14 diz: “E o Verbo se fez carne e tabernaculou (habitou) entre nós” (Tradução literal do grego).
Enfim, deixando de lado os estudos arqueológicos e teológicos, o importante acerca do nascimento de Cristo é lembrarmos como memorial perpétuo o nascimento da salvação para a humanidade. Deus desde o Éden com a queda de Adão nos prometeu que a cabeça da serpente seria esmagada: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gen3,15
A sabedoria e onipotência divina providenciara o resgate para a alma humana que havia se fascinado com a ilusão do pecado e anunciou dentre várias profecias, uma destas através do profeta Jeremias 33,5;
“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que cumprirei a boa palavra que falei à casa de Israel e à casa de Judá;
Naqueles dias e naquele tempo farei brotar a Davi um Renovo de justiça, e ele fará juízo e justiça na terra.
Naqueles dias Judá será salvo e Jerusalém habitará seguramente; e este é o nome com o qual Deus a chamará: O SENHOR é a nossa justiça.”
Desta feita, o que comemoramos no Natal, é que todos os salvos em Cristo Jesus, podem ter a alegria da salvação do Pai todos os dias de sua vida até a eternidade, ato de Amor e zelo do Senhor dos Exércitos, que olhou por nós com Sua infinita Misericórdia e Fidelidade e entregou o Seu único Filho Jesus Cristo para que todo aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,15) a saber se confessares ao Senhor Jesus com tua boca e em teu coração crer que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo (Rm10,9).
Para que na cruz do Calvário fosse consumado o plano de redenção da humanidade e após os tempos se cumprirem conforme os propósitos e o kairós de Deus, este mesmo Jesus nascido na simplicidade de uma manjedoura, Ele que sendo rico se fez pobre por amor de nós, virá ainda uma segunda vez, resgatar a Sua Igreja. Mt24,30-37 relata;
“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.”
Sendo esta nossa confiança, podemos celebrar e sermos testemunhas do natal todos os dias quando acordamos, onde Cristo renasce em nós a esperança e a misericórdia divina, o dia passa e andando e sendo guiados pelo Espírito Santo de Deus, podemos cumprir a missão a qual nos foi destinada, mortificando nossas vontades em favor do Reino, glorificamos a Ele, o Único que digno de receber a honra, a glória, a força e o poder para sempre. Amém.
Um Feliz Natal cheio do Amor de Cristo a todos!
Fiquem na paz e um forte abraço!
Blog The Praise Lover
by Tatiana Souza
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